Por Fernando Jorge
Sim, a saudade é a lembrança da felicidade perdida. E podemos sentir saudades de coisas, de lugares, de pessoas, pois no passado não percebíamos que sentíamos amor por tudo isto.
Gostar é também amar, porque o amor tem várias naturezas.
A amizade é uma forma do amor. Quem gosta de um amigo ou de uma amiga, está sentindo um amor delicado por eles.
Repito, a saudade é a lembrança da felicidade perdida. Sentir saudade é sentir a falta daquilo que nos deixava felizes, sem saber, muitas vezes, que éramos felizes.
O meu coração vive cheio de saudades.
Saudade! Saudade! Saudade da meninice, como a sentia o poeta Casimiro de Abreu, sentimento que expressou num belo poema.
Saudade da mãe morta, que alguém viu a sua mãe num sonho e disse:
“Eu vi a minha mãe rezando aos pés da Virgem Maria, era uma santa escutando o que outra santa dizia.”
Saudade de tudo... Saudade do passado, da mocidade morta, dos pais mortos, dos irmãos mortos, da felicidade morta.
A saudade é um presente do nosso Pai Celeste, de Deus, para sentirmos que temos coração.
Fernando Jorge é jornalista, escritor, dicionarista e enciclopedista brasileiro. Autor de várias obras biográficas e históricas que lhe renderam alguns prêmios como o Prêmio Jabuti de 1962. É autor do livro “Eu amo os dois”, lançado pela Editora Novo Século.
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