‘Tudo é Amor’ traz as canções gravadas no disco homônimo e novidades no repertório
No final do ano, Almério iniciou uma nova fase em sua carreira com o lançamento de ‘Tudo é Amor’, álbum gravado a partir do convite da produtora sócio-cultural Parças do Bem. Idealizado por Ione Costa e com direção artística de Marcus Preto, o disco trouxe onze releituras da imortal obra de Cazuza (1958-1990), artista referencial para a trajetória do cantor e compositor pernambucano.
Produzido integralmente durante a pandemia, o projeto esperou este momento de retorno ao presencial para com passagem por São Paulo dia 27 de maio, no Sesc Pompeia.
O público poderá presenciar a fricção entre a força cênica de Almério e as canções atemporais de Cazuza, algumas mais atuais do que nunca, como frisa o cantor. ‘Eu sempre peço permissão para Cazuza para cantar. Ele me influenciou e eu sempre cantei Cazuza na minha época de cantor de bar. Tenho esse imenso desafio de estar próximo dele, mas também manter a distância para dar a minha energia. E cantando essa poesia que parece até premonitória de tão atual’, analisa.
No palco, Almério interpreta hits como ‘O Nosso Amor a Gente Inventa’, ‘Minha Flor, Meu Bebê’ e ‘Brasil’, gravadas no disco, e também dá voz a outros sucessos de Cazuza, caso de ‘Pro Dia Nascer Feliz’ e ‘Exagerado’. Marcus Preto, diretor artístico do show, frisa que a ideia de celebração passa por toda a apresentação, que está dividida em alguns blocos de canções. A surpresa fica por conta de ‘Luz Negra’ (Nelson Cavaquinho) e ‘Eclipse Oculto’ (Caetano Veloso), composições que Cazuza gravou e gostava de cantar, mas que não levam a sua assinatura.
A ideia original deste projeto e o convite a Almério partiram de Ione Costa, que o instigou a mergulhar na obra de Cazuza. O cantor relembra o impacto da ligação inicial de Ione: ‘Eu paralisei por alguns segundos e logo começou a surgir muita inspiração. Eu sou do Agreste de Pernambuco, nasci na cidade de Altinho, de família humilde. Era 1993 quando meu irmão mais velho começou a trabalhar em Caruaru e lá ele comprou o primeiro CD: era uma coletânea de Cazuza. Nós não tínhamos tocador de CD, eu ficava lendo e relendo o encarte com as letras, imaginando a força dele. Dois anos depois consegui comprar um discman. A música do Cazuza veio me beijar e me salvar’, pontua Almério.
Tudo é Amor
Dia 27 de maio, sexta, às 21h
Classificação indicativa: 12 anos
Ingressos: R$12 (credencial plena/trabalhador no comércio e serviços matriculado no Sesc e dependentes), R$20 (pessoas com +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino) e R$40 (inteira).
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