Por Paulo Panayotis
1. Viajar sem estar conectado: Provence, interior da França: Chegamos ao hotel no meio do nada, em uma cidadezinha de cinco mil habitantes. Eram onze da noite, após viajar do Brasil e rodar mais de trezentos km até lá. Sem gente na portaria, recepção fechada, o aviso na porta trancada era claro: Sejam bem vindos. Por favor, digite seu código de entrada, encaminhado via internet ontem e boa noite. Reservado do Brasil, ninguém avisou que não haveria viva alma no hotelzinho. E agora? Por sorte, um casal que também tinha acabado de chegar, nos emprestou o computador. Acessamos a internet, o código e voilá! Foi a primeira e última vez que viajei sem estar conectado! Por isso, chip no seu celular é fundamental!
2. Viajar sem seguro: Washington DC, Estados Unidos. Véspera de Ano Novo. Lá pelas três da tarde, um dente lateja. Lateja mais e mais. Começa a me enlouquecer. Tudo fechando ou fechado. Encontro um dentista de plantão: turco! Gregos antigos odeiam turcos. Não é o meu caso. Dou risada e depois choro: de dor. Em menos de vinte minutos o dentista turco me remedia, me consola e me libera: vai ter que tratar no Brasil, sorri turcamente ele. Felizmente, tinha seguro. Recomento a Universal Assistance, parceira de todas as horas mais, digamos, difíceis na viagem. Funciona! E Como!
3. Viajar sem pesar a(s) mala(s). Beaune, Interior da França. A pandemia me pegou morando na capital da Borgonha. Voltei ao Brasil mas deixei malas e metade da vida por lá. No ano passado voltei para recuperar parte de minhas roupas e minha história. Quatro malas e um problema: a balancinha que eu tinha para pesar as malas era a pilha: pifou antes de ir para o aeroporto. Paguei caro por uma nova. Jurei: balança a pilha nunca mais. Hoje só uso a velha e tradicional balancinha de mola! Recomendo, especialmente quando as cias aéreas cobram centenas de dólares por um quilinho a mais!
4. Escolher o hotel somente pelo preço. Londres, Inglaterra. Foi na primeira vez que morei lá, há três décadas. Não conhecia a cidade, seus hábitos, seus hotéis. Reservei, pela internet, um lugar que me parecia central, limpo, ensolarado. Chegamos com quatro malas de 32 quilos cada! Naquele tempo podia. Dentro do quarto ou nós ou as malas. Milagrosamente, todos couberam. Para tomar banho, era impossível abrir os braços para ensaboar o cabelo! Pânico, desespero, claustrofobia! Um amigo jornalista me salvou: “vai ficar uns dias com minha tia que mora aí na capital da Inglaterra, me disse ele sorrindo marotamente. Fui. E nunca mais reservei hotel somente pelo preço que, diga de passagem, era de cem libras a noite! Sim, mais de R$ 800 reais!
5. Viajar sem ler OQVPM! Sempre que for viajar, passa lá no www.oquevipelomundo.com.br para se atualizar e “viajar” um pouco sem sair de casa. Dicas de destinos, restaurantes e “otras cositas más”.
Fotos: Paulo Panayotis/Adriana Reis
Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de TV, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis.
Comments