Por Pe. Ezequiel Dal Pozzo
Iniciamos o ano novo. Neste período, os sentimentos dos corações se assemelham. Nós desejamos a quem encontramos um Feliz e Próspero Ano Novo. Também vão desejos de saúde, de alegria, de amor, de prosperidade e sucesso. Parece que a atmosfera se une num congraçamento onde todos querem o bem e o desejam a outros. Esse sentimento e essa atitude são importantes. Ela contagia a realidade. Desperta a esperança, entusiasmo e cria impulso aos nossos dias. Gostamos que nos desejem o bem. Nos alegramos com um abraço e um aperto de mão. Tudo isso é muito humano e, de certa forma, nos humaniza.
Claro que isso também se une ao convencional. Todo mundo diz, todos desejam ao outro, por isso, entramos numa esfera daquilo que também é convencional e fica estranho não cumprimentar com essas felicitações. Entrando na esfera do convencional, do normal, isso também perde um pouco sua força. Felicita-se, deseja-se a paz e o bem, mas a intensidade que isso tem para quem recebe e quem deseja as felicitações é relativa. Você sabe bem que para algumas pessoas isso não passa de uma formalidade. Deseja-se porque todos o fazem. Na verdade, a intensidade daquilo que oferecemos e desejamos aos outros passa pela intensidade de nosso relacionamento com essas pessoas. Um Feliz Ano Novo desejado ou recebido de quem amamos e convivemos, trabalhamos e festejamos, rimos e choramos, certamente tem o significado mais intenso e real. É nesse ambiente que se dá a verdade. Com essas pessoas, nesses relacionamentos, a vida pulsa e se constrói. Ali somos aquilo que somos e a partir disso tem sentido a mensagem de amor e de paz que o Ano Novo vem trazer.
Por isso, podemos nos perguntar a quantas pessoas as nossas felicitações terão realmente o peso da verdade e da intensidade? Para muitas, será mera formalidade. Para outras, só pensar na possibilidade de esquecê-las já provocará dor e sentimento de falta. "Por que não me desejou Feliz Ano Novo?" ou ainda, o silêncio do coração dirá: "O seu desejo de Feliz Ano Novo foi o mais significativo para mim". Mesmo sem dizer o coração sentirá.
Não podemos perder de vista esta realidade. Por isso, eu também quero desejar a você todo bem e a paz para este ano que já iniciou. Contudo, sei que as melhores felicitações deverão vir de quem constrói e vive a vida com você. Se faltar a felicitação dessas pessoas, provavelmente, faltará muito. Mas eu desejo a você um FELIZ E ABENÇOADO 2022!
Padre Ezequiel Dal Pozzo é graduado em Filosofia e Teologia e mestre em Teologia Sistemática e acredita que a música tem poder de formar o espírito. Por meio de suas músicas e textos, busca ajudar as pessoas a encontrarem o verdadeiro sentido da vida. (contato@padreezequiel.com.br)
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