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Dia 8 de maio: Dia mundial da luta contra o câncer de ovário

Por Paulo Lázaro

Como o câncer de ovário conta com um grande agravante: é assintomático na sua fase inicial, o que muitas vezes faz com que a paciente só o descubra tardiamente. Quanto mais tardio o diagnóstico, mais agressivo é o tratamento. E em tempos de pandemia, o diagnóstico precoce acaba sendo altamente prejudicado.


O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que, em 2021, mais de 6.600 mulheres serão diagnosticadas com a doença, que é considerada a segunda neoplasia ginecológica mais comum, atrás apenas do câncer de colo de útero e a sétima maior causa de câncer em mulheres.


Segundo dados do Ministério da Saúde, em 80% dos casos, esse tipo de câncer é diagnosticado quando não está mais restrito ao ovário, tendo se disseminado para linfonodos, outros órgãos da região pélvica e abdominal ou até mesmo para órgãos como pulmão, ossos e até sistema nervoso central.


Quando a doença é diagnosticada no início, até 90% das mulheres sobrevivem por mais de cinco anos. O tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia e/ou quimioterapia, dependendo do tipo do tumor, da idade e das condições clínicas da paciente.


Fatores de risco

Normalmente os tumores malignos de ovário surgem por influência direta dos hormônios. Infertilidade e questões associadas com maior frequência dos ciclos menstruais mensais, como a menstruação precoce, menopausa tardia, não ter tido filhos, obesidade e tabagismo estão entre os principais fatores de risco. Por isso, o controle de peso, alimentação equilibrada e atividade física são importantes para prevenção da doença.


Sintomas

Entre os principais sintomas estão o aumento do tamanho do abdômen ou inchaço persistente, dificuldade em se alimentar (sentir-se satisfeita rapidamente), ter dor abdominal ou pélvica.

Também pode haver mudanças nos hábitos intestinais, sangramento vaginal, alterações de peso e fatiga. Por parecerem com as características de doenças gastrointestinais, é importante que as mulheres procurem um médico para avaliar o caso.

Fatores ambientais e genéticos estão relacionados ao aparecimento do câncer de ovário. Segundo o Inca, cerca de 10% dos casos têm componente genético ou familiar e 90% são esporádicos – sem fator de risco conhecido. Por isso, é de extrema importância o controle e acompanhamento de seu ginecologista.


Paulo Lázaro é médico, graduado pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), com doutorado na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Especialista em Radioterapia e Neuro-oncologia. Idealizador do site Radioterapia Legal https://radioterapialegal.com.br


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