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Foto do escritorRedação JBA

Estreia peça A Reinvenção do Amor

Inspirada nos filmes clássicos americanos, peça mergulha nas mentiras de um passado romântico que contamos a nós mesmos

Imagem: Reprodução

O que faríamos se tivéssemos a chance de viajar no tempo e rever nossas últimas histórias de amor? E se, nesse momento, descobríssemos que, desmentindo nossas recordações mais queridas, os nossos ex-amores não foram realmente como imaginamos? É possível que, com o passar do tempo, tenhamos descartado as péssimas lembranças, as brigas, os atrasos constantes, o ciúme e nos concentramos apenas nos pontos positivos?

Enfim, será que nossos amores aconteceram exatamente como nos lembramos?


“A Reinvenção do Amor” é uma comédia romântica que, por meio de uma narrativa não linear e inspirada por grandes cenas de clássicos filmes americanos, mergulha nas mentiras de um passado romântico que contamos a nós mesmos e acompanha a história de um escritor de peças de teatro – que só queria amar para sempre – e sua namorada inconstante, que não amava o amor, mas as paixões efêmeras.


O espetáculo apresenta aos espectadores uma série de cenas que poderiam ser verdade de tão românticas que foram, mas podem ser apenas fruto de um coração partido e de uma mente criativa. Ao mesmo tempo em que o texto pede para que a plateia decida o que é fato e o que é apenas fruto da saudade, convida-os também a reviverem suas histórias de amor como elas aconteceram, tirando as máscaras de seus ex-amores e encarando-os como verdadeiramente foram. Seres muito amados (sem dúvidas!), mas cheios de defeitos.

A dramaturgia do espetáculo é fruto da pesquisa do escritor paraense Saulo Sisnando, autor de textos como “Susto” e “O Príncipe Poeira e a Flor da cor do coração” (2019 - OI Futuro- RJ), “O Misterioso desaparecimento de Deborah Rope”, cerne de sua dissertação de mestrado, que buscam o diálogo intersemiótico entre o cinema e o teatro, construindo espetáculos que ele denomina como Peças-Filme, por serem alicerçadas tanto no mise-en-scène teatral quanto na linguagem cinematográfica, chegando ao hibridismo intencional que causa “efeito cinema”, a sensação de estar assistindo a um filme sendo executado no palco teatral.

Utilizando recursos de vídeos e roubando do cinema, o roteiro, a montagem cheia de cortes e a imagética da 7a arte, “A Reinvenção do Amor” acopla-se à contemporaneidade das obras pós-modernas, que suprimem cada vez mais as fronteiras entre as artes, impossibilitando conceitos retrógrados de teatro ou cinema.


Serviço

A Reinvenção do Amor

Até 18 de abril

Gratuito


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