Por Vito Zanella
A Ford iniciou no mês passado a venda do Mustang Mach-E GT Performance modelo 2024 com novidades de estilo que reforçam a exclusividade do crossover elétrico premium. Além de novas rodas de 20 polegadas diamantadas com elementos de contraste em cinza, o esportivo passa a oferecer a nova opção de cor Cinza Glacial perolizada. O modelo chega sem alteração de preço, na versão exclusiva GT Performance AWD Extended Range, topo de linha, por R$ 486.000,00.
O design do Mustang Mach-E combina elementos clássicos do Mustang com um formato inovador, que se destaca pelo padrão inédito de versatilidade no dia a dia. Além de transportar cinco passageiros, oferece 541,5 litros de espaço para carga no porta-malas traseiro e no ‘frunk’, compartimento extra sob o capô. Os dois motores elétricos de 487 cv, com tração integral, dão ao Mustang Mach-E um desempenho de respeito: ele acelera de 0 a 100 km/h em 3,7 segundos.
Amortecedores MagneRide, freios Brembo de alta performance, três modos de condução e rodas de 20 polegadas com pneus 245/45 R20 de baixa resistência à rolagem são outros itens que contribuem para sua dirigibilidade empolgante e segura. A bateria de 91 kWh permite uma autonomia de 379 km no padrão do Inmetro, ou 541 km pelo método WLTP. Ele pode ser carregado em casa, com o carregador Wallbox portátil de 7 kW fornecido com o veículo, ou em carregadores públicos usando plugue Tipo 2, o mais comum.
O Mustang Mach-E 2024 vem com faróis full-LED, câmera 360°, freio de estacionamento elétrico e assistente de estacionamento automático. As portas, sem maçanetas, são abertas por sistema de trava eletrônica por botão, código ou celular, com o aplicativo FordPass. A cabine tem acabamento requintado, com multimídia de 15,5”, som B&O premium, teto solar e bancos dianteiros com ajuste elétrico e aquecimento. Há também ajustes com memória para o banco do motorista e retrovisores externos.
Os seus itens de segurança incluem nove airbags, sistema de detecção, manutenção e centralização em faixa com alerta de ponto cego, controle de cruzeiro adaptativo com stop and go, frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres, assistente de manobras evasivas e reconhecimento de sinais de velocidade. Além do novo cinza Glacial, o crossover conta com as opções de cores preto Astúrias, vermelho Zadar, azul Algarve e branco Nur.
A longa tradição dos carros de polícia da Ford
A Ford tem uma longa história como a marca de carros preferida das forças policiais dos Estados Unidos. Essa experiência num segmento tão exigente ajudou a impulsionar o negócio de veículos comerciais da marca, tanto no país quanto globalmente. No Brasil, a Ford Pro oferece hoje as linhas Ranger e Transit, com apoio de uma engenharia própria e rede de parceiros modificadores que permite atender vários tipos de aplicações, incluindo de polícia.
Tudo começou com o Modelo T. Com mecânica simples, robusto e fácil de manter, o veículo logo atraiu a atenção das forças policiais. Em 1915, a Polícia de Oakland, Califórnia, ficou tão impressionada com seu desempenho que o adotou como padrão da sua frota de carros leves. Em 1950, a Ford foi a primeira fabricante a oferecer um veículo com pacote policial. Ele trazia três opções de motor: o V8 especial, o V8 100 HP e o 95 HP Six, além de inúmeras melhorias de engenharia e design.
O primeiro modelo policial a usar o nome Interceptor foi introduzido em 1954. O nome já havia sido usado anteriormente em um novo motor V8 de 125 cavalos, vendido como opcional no pacote policial em 1952. Em 1961, uma pesquisa mostrou que 58% dos carros policiais operando nas 50 maiores cidades dos Estados Unidos eram Ford. O Mustang ingressou no serviço especial em 1982, com destaque a sua capacidade em curvas e aceleração de zero a 80 km/h em 6,3 segundos, que permitia acompanhar outros carros esportivos da época.
Em 1983, o Crown Victoria LTD redesenhado e com pacote especial deu continuidade à história das viaturas policiais da Ford. Seu pacote incluía como opcional um V8 de alta potência, de 5,8 litros, que ajudou a torná-lo a escolha preferida das cidades norte-americanas durante décadas. Em 1998, o Crown Victoria representava 85% das vendas de veículos policiais de perseguição nos EUA e no Canadá. O Crown Victoria Police Interceptor foi aposentado em 2012 para dar lugar aos Interceptors de nova geração da Ford.
Os modelos utilitário e sedã do Police Interceptor 2013 foram os primeiros da indústria a oferecer alerta de ponto cego, alerta de tráfego cruzado e sensor de ré, além de serem os únicos na época com tração nas quatro rodas construídos especificamente para aplicação policial. Em 2017, a Ford revelou seus primeiros carro e picape policiais híbridos classificados para perseguição. Eles foram seguidos em 2020 pelo Ford Police Interceptor Utility, primeiro SUV híbrido de perseguição.
Vito Zanella é jornalista e já passou pela redação de diversos jornais de São Paulo. Atuou como editor de algumas revistas e jornais especializados em automóveis, como Hot Motors, Autos & Afins (do MetroNews), Jornal Farol Autos e Bus Magazine, entre outros.
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