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Foto do escritorPaulo Panayotis

Férias? Grécia? Syros! A capital das ilhas Ciclades | Primeira parte

Por Paulo Panayotis


Syros, Ilhas Cíclades, Grécia. Faz 25 anos que não volto para a mais católica ilha da Grécia. Enquanto o Ferry Boat corta vigorosamente as ondas do mar Egeu, lembranças gostosas nadam em minha mente. Em média, são quatro horas e meia, saindo do principal porto da Grécia, Pireus, até desembarcar no porto de Syros. Nesta primeira parte da reportagem sobre Syros, vamos mergulhar nas deliciosas praias da ilha que, além de ser a capital das ilhas Cíclades, é a que ainda apresenta a maior influencia veneziana em quase todas as ilhas gregas. Agreste e sofisticada, caipira e cosmopolita, Syros é praticamente desconhecida pelos brasileiros.


Porto de Syros com um dos ferry boats que ligam Atenas as ilhas do mar Egeu (Foto: Paulo Panayotis)

Syros tem vida própria durante o ano todo. Inclusive no inverno! Com uma população fixa de cerca de 28 mil habitantes, Syros é o destino certo para as férias de milhares de Atenienses e gregos em geral. Se comparada com outras ilhas gregas, você verá poucos turistas estrangeiros e muitos helênicos vindos de todas as partes da Grécia.


Casa típica da ilha de Syros (Foto: Paulo Panayotis)

A mistura de elegantes casas típicas com antigas casas de pedra e mansões ao estilo veneziano, transformou essa alternativa de viagem em uma opção cultural e econômica muito atrativa. Se Mykonos, Santorini e outras ilhas badaladas cobram preços astronômicos na temporada de verão europeu, é possível encontrar em Syros pousadas gracinha, resorts novinhos em folha e hotéis de excelente categoria por preços que começam em parcos 25 euros até razoáveis 200 euros por dia. Afinal, estamos na Europa,não se esqueça.


Restaurante na praia de Ahládi, meu favorito (Foto: Paulo Panayotis)

Restaurantes e tavernas não faltam por toda a ilha, seja praticamente dentro água seja no interior ressecado e pedregoso da ilha. Todos, repito, todos, oferecendo produtos tipicamente gregos, tipicamente saudáveis, tipicamente organicos desde sempre. Afinal, a dieta mediterrânea nasceu aqui, na terra dos deuses do Olimpo, certo? Bem, vamos ao que interessa. As praias! Abaixo, uma seleção das melhores e mais badaladas - e desertas - praia de Syros.


Komito beach, praia selavagem sem infraestrutura (Foto: Paulo Panayotis)

Komito Beach


Quase todas as praias nesta ilha tem acesso muito acima do razoável. Praticamente o asfalto chega até bem perto da praia e há estacionamentos públicos gratuitos tao logo você sai da estrada ou do asfalto. Komito beach é uma das exceções. Um pequeno pedaço, até chegar a ela, é de estrada de pedras - para não dizer de terra. Mesmo assim, dificuldade zero para atingir esta belíssima praia frequentada pela ‘moçada’ que costuma procurar por paz e tranquilidade. Há pouca infraestrutura mas mesmo assim é possível tomar um fredo capuccino, aliás, uma mania nacional. Freddo capuccino é café expresso batido com creme de leite e gelo! Sim, gelo! Pode parecer estranho para você, mas quando estiver na praia durante o causticante verão grego, aos 30, 35 graus, vai virar fã!


Ambela beach, praia com alguma infraestrutura (Foto: Paulo Panayotis)

Ambela beach


Com cores de um azul anil cristalino degradê, Ambela beach é muito procurada por famílias com crianças pois, além de suas águas calmas, oferece razoável infra estrutura. Há pequenas tavernas espalhadas aqui e ali que oferecem excelentes refeições a preços para lá de razoáveis. Claro que você tem que considerar que os preços são em euros! Mas, como sempre digo, quem converte não se diverte, portanto…Ambela beach é uma praia para passar o dia inteirinho. Detalhe. Durante o verão grego, o sol só vai embora lá prás nove horas da noite… E agora, entre julho e agosto, são os meses mais quentes em toda a Grécia.


Vari beach, praia muito procurada por sua grande infraestrutura (Foto: Paulo Panayotis)

Vari beach


A praia de Vari é democrática, cosmopolita e com grande infraestrutura. Uma fato surpreendente em uma europa que começa a cobrar para os turistas utilizarem os banheiros, é que em Syros, ao menos por enquanto, essa onda ainda não chegou. Isso sifinifica que, na maioria das praias, a exemplo de Vari, há WiFi gratuito, chapéus de sol, mesinhas e até mesmo chuvieiros com água doce espalhados a cada 30 ou quarenta metros. Isso sem falar em locais específicos, ao lado dos chuveiros públicos, para trocar de roupa. Para finalizar, uma dúzia e meia de tavernas e restaurantes familiares oferecem o que há de melhor em comida mediterrânea. Aqui, os preços sobem um tiquinho, mas nada que vá comprometer seriamente suas finanças. Lembre-se, no entanto, que tudo é em euro.


Pôr do sol no mar Egeu na ilha de Syros (Foto: Paulo Panayotis)

Além destas praias, sugiro ainda Agátopes, um praia tranquila e saborosa, Delfinie e Kini, está última com o que há de mais sofisticado em toda a ilha. Aí, meu caro, tudo vale a pena quando o bolso não é pequeno. Finalmente, uma observação de quem vem para a Grécia há mais de trinta anos. Há uma nova Grécia que surgiu após tantas e tantas crises, após tantos e tantos políticos que mais sugaram do que contribuíram para a melhoria da qualidade de vida por aqui. Tanto que há leis que proíbem a venda de azeite não lacrado nos restaurantes, há serviços públicos de qualidade espalhados não somente pelas ilhas como pelo continente, encontram-se latas de lixo por toda a parte e a maioria dos funcionários do turismo falam inglês fluentemente. Nada como uma crise para transformar quem dormia em berço esplendido em se tratando de turismo né? Na semana que vem um pouco da história católica e veneziana desta ilha que surpreende a cada curivinha, a cada praia, a cada sabor. Giá sas que, em grego, significa, saudacoes de boas vindas! Que tal, gostou? Quer conhecer? Escreve para mim no ppanayotis@oquevipelomundo.com.br


Jornalista Paulo Panayotis viaja com patrocínio e apoio Avis.





Paulo Panayotis é ex-correspondente internacional de TV, mergulhador, escritor e conhece mais de 70 países. www.oquevipelomundo.com.br


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