Nunca esqueço a primeira vez que fui para a Suíça! Ninguém falava em aquecimento global nem sustentabilidade e a discussão sobre meio ambiente ainda era restrita aos círculos acadêmicos e científicos.
De carro alugado, fui conhecer os Alpes Suíços no verão. Isso mesmo: no verão europeu. Fiquei encantado com a delicadeza das pequenas e milhares de flores multicoloridas que nasciam nas encostas dos vales. E o que dizer da imagem de milhares de vaquinhas suíças pastando com aqueles sinos nos pescoços? Abelhas zuniam felizes, crianças brincavam por toda a parte, enfim, um mundo quase perfeito.
Nos últimos anos, tudo isso mudou e a preocupação em deixar um mundo melhor para as futuras gerações não só entrou em pauta com força como provocou uma mudança generalizada no setor turístico mundial. “Entre janeiro e julho de 2024, o número de pernoites de brasileiros na Suíça registrou um aumento de 21%, refletindo não apenas um maior interesse pelo destino, mas também estadias mais longas. Esses dados reforçam o crescente interesse do público brasileiro pelo destino”, afirma Fabien Clerc, Consul Suíço em SP e Diretor do Turismo da Suíça no Brasil. Fabien lidera uma delegação especial composta por 23 representantes de destinos, hotéis, meios de transporte e atrações turísticas, que se reuniram pela primeira vez no Brasil, para anunciar as inovações da temporada de inverno 2024/2025.
“E nossa preocupação com o meio ambiente é um dos destaques, afirma Natalia Leal, Gerente do Turismo da Suíça no Brasil”. Há cada vez mais brasileiros conhecendo a Suíça e especialmente a charmosa cidade de Lucerna, afirma Vanda Catão, do Turismo de Lucerna. E todos eles se preocupam com o meio ambiente e com a sustentabilidade dos destinos que decidem conhecer, completa ela.
Lucerna, aliás, foi uma gratíssima surpresa para mim. A beira de um lago lindíssimo, os turistas europeus a frequentam desde 1840. Leon Tolstoy e Mark Twain estiveram lá. Winston Churchill também. Todos atraídos pela tranquilidade e beleza de Lucerna.A famosa ponte da Capela e sua Torre d’água são exemplos perenes deste clima de paz e estética perfeitas. A poucos passos do hotel Schweizerhof, onde fiquei hospedado, a velha ponte tem antiquíssimos afrescos pintados a mão em toda a sua extensão. Assim como Lucerna, dezenas de outras cidades perdidas nos Alpes Suíços podem e devem ser visitadas. Seja no verão, no inverno ou, porque não, na primavera ou no outono.
Os fantásticos esportes na neve, os teleféricos, os restaurantes e a gastronomia típicas fazem com que uma viagem para os Alpes Suíços não seja apenas para quem gosta de esquiar na neve. É o meu caso. Já até dei minhas “esquiadinhas” mas confesso que não sou bom o suficiente. Em compensação há de tudo por lá a qualquer época do ano. Ou quem não adoraria uma experiencia em uma das melhores fabricas de chocolate do mundo? Esta é uma das visitas que podem ser feitas com o “Choco Pass” que você adquire no Brasil antes de sair daqui. Os diversos museus, como o dos trens, ou dos automóveis antigos? Ah, e um detalhe: todo o transporte nas cidades, seja ele de trem, ônibus ou trolleys é gratuito e pode ser usado quantas vezes quiser. Então? Gostou? Está considerando a Suíça como seu próximo destino. Quer dicas personalizas? Um roteiro completo? Ok, ok... escreve para mim no ppanayotis@oquevipelomundo.com.br que eu te ajudo em cada passo. De resto meu amigo, é preparar o celular e o espírito porque vai ter muita, muita coisa para clicar por lá.
Fotos Paulo Panayotis & Adriana Reis
Paulo Panayotis é ex correspondente de TV, mergulhador, escritor e conhece quase 80 países e viaja com apoio Avis. www.oquevipelomundo.com.br
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