Por Paulo Panayotis
Londres – Inglaterra - Mick Jagger, Amy Winehouse e Kate Moss circulam pelos corredores do Sanderson hotel. Sentam-se frequentemente no bar entre olhares curiosos e muitos drinques. Para os felizardos, em determinados dias, Jagger e Amy (para os íntimos), dão “canjas” e cantam antigos e novos sucessos. Lá se vão alguns anos em que isso ocorreu, mas nem por conta disto o hotel Sanderson perdeu seu charme, sua elegância, seu ar contemporâneo. Bem no coração do bairro de Fitzrovia, que os brasileiros conhecem por causa da cosmopolita Oxford Street, o Sanderson já tinha muita história antes de se transformar em um dos hotéis mais icônicos de Londres.
Por todos os lados o design moderno do badalado Philippe Starck contrasta com fotos antigas e cortinas de tecido que revelam a origem deste lugar: uma antiga e poderosa fábrica têxtil da família Sanderson. Nem de longe, do lado de fora, há sinais de que você vai entrar em um hotel moderno, cheio de charme e tradições. Com quartos enormes para os padrões ingleses, herdados das antigas instalações fabris, uma mesa de sinuca roxa, mais que vintage, é a joia da coroa do hotel. Tão antiga e bem preservada que ninguem se arrisca a dizer quando foi de fato construída. É mais uma obra de arte em meio a tantas outras generosamente espalhadas pelo hotel.
“Cuidamos desta mesa de bilhar como se fosse um bebê”, afirma a gerente de marketing Katherine Bedwell. Este lugar sempre despertou interesse de muita gente. “Quando era pequeno, e o Sanderson já era um ícone de Londres e eu fantasiava um dia poder visitar suas instalações”, conta o comunicativo gerente geralHashan Soliman, com uma mistura de saudosismo e entusiasmo. “Eu via na TV celebridades que frequentavam seus grandes quartos e seus espaços descolados. Mas nem em meus mais remotos sonhos imaginei um dia ser o gerente geral aqui”, completa ele. Para nós, brasileiros, o Sanderson tem uma localização estratégica. Assim, tanto executivos quanto casais e amigos são vistos frequentemente desfilando e curtindo o enorme complexo que um dia foi referência fabril na Europa.
Desta vez, não consegui cruzar com nenhum famoso, mas tive a grande sorte de me hospedar na badalada penthouse, onde, me disseram, Amy e seus amigos estiveram muitas vezes. Ah como é bom conhecer histórias de vida que marcaram época! Com mais de 200 metros quadrados, dois quartos e espaço para cerca de 100 convidados, consigo me imaginar, por alguns dias, participando de uma daquelas enigmáticas baladas com ícones da música e do entretenimento!
Tanto que o hotel ainda conserva o ácido bom humor inglês. Para quem gosta de chá da tarde, como eu, o ‘Mad Hatters’, vai fazer sua cabeça. Tirando o trocadilho, a temática do chá da tarde é toda baseada no ‘Chapeleiro Maluco’, grande sucesso no Brasil e no mundo. O famoso ritual inglês é inspirado nesta história. Assim como eu, se você curte um humor mais sutil e um bom borbulhante, não perca este ‘Afternoon tea’ regado ao champanhe Ruinnart.
De qualquer forma, é pura diversão para todas as idades! Além de champanhe, é claro, tem chá dos mais variados tipos e dos mais variados países, of course darling! E após o chá da tarde, volte ao seu quarto e viaje com os quadros de paisagens rurais estrategicamente instalados no teto, bem acima de sua cama. Se o seu chá for com champanhe então, é certeza de sonhos bons e duradouros.
Fotos: Paulo Panayotis & Adriana Reis
Jornalistas estiveram em Londres a convite dos hotéis St. Martins Lane, Sanderson London e Mondrian Shoreditch e apoio Visit Britain.
Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de Tv, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis e Universal Assistance (ppanayotis@oquevipelomundo.com.br)
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