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Foto do escritorPaulo Panayotis

Memorial Juscelino Kubitscheck: uma joia de Brasília

Por Paulo Panayotis


Entrada grandiosa do Memorial J.K

Brasília-DF / É verdade que tijolos foram transportados de avião para a construção de Brasília? Ou que muita gente ganhou terras e até mesmo casas e apartamentos para morar durante a construção? Ou, ainda, que foram descobertas muitas cobras e outros animais peçonhentos durante as obras para erguer a então futura capital do Brasil?


Reprodução da Sala de Juscelino Kubistchek

Estas e outras perguntas sempre povoaram nosso imaginário popular. Especialmente os mais velhos, ouviram, em algum instante, que isso ou aquilo aconteceu no “novo centro político brasileiro”. Nunca, no entanto, houve certeza absoluta. Por isso fiquei encantado ao visitar o Memorial J.K. ou Juscelino Kubitscheck. E explico: ao longe, a estátua de JK é a primeira coisa que chama a atenção. Eternamente acenando sob o pedestal concebido pelo genial Oscar Niemeyer, bem na entrada do Memorial. A entrada custa módicos R$ 10,00. Programão para toda a família! Ah, e o estacionamento é gratuito!


Foto original dos primeiros anos da capital Federal

Lá dentro, a sensação é de estar em um museu de primeiro mundo. Tudo limpo, organizado, esteticamente lindo e com um detalhe importante: muitos funcionários, de luvas brancas, explicando cada detalhe, cada espaço, cada móvel ou fotografia. Muito chique, não é? Mas, melhor do que isso, é que aqui você encontra a história deste nosso lindo país extremamente bem documentada. E descobre que o Brasil moderno nasceu aqui, em 1956, quando Juscelino apresentou aos ministros seu Plano de Metas com o famoso slogan: “Cinquenta anos em cinco!” Você descobre, ainda, que JK era mineiro de Diamantina, foi médico de formação e político por vocação!


E que nos cinco anos de sua presidência foram criadas as indústrias automobilísticas e naval, as principais estradas que até hoje cortam o Brasil e as bases para a vida social e econômica do país. Energia elétrica, transporte, alimentação, indústria de base, educação, enfim, tudo o que é fundamental para criar um grande país.


Cripta contendo os restos mortais de JK

Assim, a construção da ‘nova capital da República” no Planalto Central não cumpriu apenas o que estava escrito na Constituição à época. Promoveu a interiorização do Brasil conectando capitais até então isoladas e o surgimento do “País moderno” do qual nos orgulhamos até hoje. Bem, ao menos, no quesito de modernização, claro! Reserve pelo menos meio dia para visitar essa joia do cerrado e não deixe de perguntar aos gentis e profissionais funcionários tudo o que tiver curiosidade de saber. Sugiro que vá no horário do almoço, quando o sol é inclemente em qualquer época do ano.


Desde o prédio, idealizado pelo nosso arquiteto maior Oscar Niemeyer, até a cripta que guarda os restos mortais de J.K., tudo impressiona pela beleza, equilíbrio estético e disposição do mobiliário. E para terminar, mergulhe na história de Sara Kubitscheck, a primeira-dama que foi a maior e principal responsável pelo memorial. Incansável, perfeccionista, carismática, determinada e corajosa, foi ela quem impulsionou a entrada do marido na política e, posteriormente, conduziu com mão de ferro a construção do memorial. Uma mulher, sem dúvida, à frente de sua época, especialmente pelo legado que deixou no campo social e de saúde para as mulheres. Sem Dona Sarah, dizem muitos, não existiria Brasília da forma como a conhecemos hoje e muito menos o memorial que leva o nome do 21º Presidente do Brasil, entre 1956 e 1961.


Jornalista Paulo Panayotis em frente ao Memorial J.K

Para mim, ir à Brasília e não visitar o memorial J.K., é imperdoável. Ah, e na saída, se tiver tempo, ainda consegue visitar o Memorial dos Povos Indígenas, logo ali ao lado. E o melhor: de graça! Gostou? Dúvidas: escreve para mim no ppanayotis@oquevipelomundo.com.br ou acessa o portal.


Fotos: Paulo Panayotis





Paulo Panayotis (ppanayotis@oquevipelomundo.com.br) é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de TV, escritor e viaja com apoio Avis.


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