Na Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, a SMS divulga que já realizou mais de 46 mil procedimentos contraceptivos de longa duração e distribuiu mais de 56 milhões de preservativos, recursos que são disponíveis nas unidades de saúde da cidade
Ter ou não ter filhos? O acesso ao planejamento familiar é um direito garantido por lei, e envolve um conjunto de ações e serviços da rede pública de saúde da capital com o objetivo de ajudar a refletir sobre o melhor momento para assumir a parentalidade, caso haja esse desejo, e que envolve também a disponibilização de métodos contraceptivos a homens e mulheres.
De acordo com a Área Técnica da Saúde da Mulher, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, foram realizados 46 mil 421 procedimentos contraceptivos de longa duração, em 2024. Entre os seis tipos mais realizados estão: inserção de implante de etonorgestrel (15.667), laqueadura (10.673), dispositivo intrauterino(diu) de cobre (9.640), vasectomias (7.710) e dispositivo intrauterino (diu) hormonal (2.731).
Além desses procedimentos, a Saúde municipal oferta preservativos internos e externos. De acordo com a Coordenadoria de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e aids IST/AIDS, foram distribuídos mais de 56 milhões de preservativos, em 2024, sendo que 55.275.840 foram para uso externo (peniano) e 1.555.838 interno (vaginal).
Seja qual for o caso ou os planos de vida, é importante evitar o risco de que uma gravidez aconteça de forma inesperada ou indesejada. Os métodos contraceptivos podem ser reversíveis ou permanentes, de uso diário ou de longa duração, hormonais ou não, de barreira ou não. Podem ter ou não contraindicações. Veja quais os principais métodos oferecidos pelo SUS, aos quais homens e mulheres podem ter acesso, a partir das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), da Prefeitura de São Paulo.
Camisinha interna e externa
É o principal método de barreira, ou seja, impedem o encontro do espermatozoide com o óvulo por meio de barreira física, além de também proteger contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). São distribuídos gratuitamente nas UBSs.
Pílula anticoncepcional
Um dos métodos contraceptivos mais usados em todo o mundo, marcou um importante avanço no que diz respeito ao aumento da autonomia feminina. As pílulas mais utilizadas são as combinadas, compostas por estrogênio e progesterona sintéticos, semelhantes aos hormônios produzidos pela mulher. Esse tipo de pílula impede a ovulação e atua também sobre o muco cervical, dificultando a entrada do espermatozoide. O uso de hormônios possui contraindicações em alguns casos, por isso é importante que a mulher converse com o especialista a respeito dos prós e contras da adoção deste método.
Contraceptivo hormonal injetável
Consiste em uma injeção aplicada a cada mês ou a cada três meses, com o objetivo de impedir o organismo de liberar óvulos e de tornar o muco do colo do útero mais espesso. Da mesma forma que a pílula, é composto por um ou dois tipos de hormônios (progesterona ou uma combinação de progesterona e estrogênio).
Implante hormonal
Método hormonal de longa duração, funciona por meio de um bastão inserido na parte interna do braço, liberando hormônios que impedem a liberação dos óvulos e a chegada dos espermatozoides.
DIU – Dispositivo Intrauterino
O tipo mais comum é o de cobre, que promove uma reação inflamatória intrauterina que mata os espermatozoides. É uma das formas mais eficazes de contracepção, porque é interno e não requer disciplina. Também não contém hormônios, além de durar até dez anos.
SIU hormonal
Também é um método de longa duração, muito semelhante ao DIU de cobre, porém por conter hormônio (levonorgestrel) é muito indicado em situações em que a dor e/ou redução do fluxo menstrual sejam efeitos desejáveis. Assim como os outros métodos de longa duração, possui altíssima eficácia contraceptiva.
Laqueadura e vasectomia
São métodos irreversíveis, formas cirúrgicas de evitar a contracepção, por meio do corte dos canais que seriam as vias em que tanto os espermatozoides quanto os óvulos poderiam passar. No caso da mulher, passa pelo corte das trompas e amarração das suas extremidades. Na vasectomia, são fechados os canais deferentes no homem, que leva os espermatozoides do testículo até as outras glândulas que produzem o esperma. Ambos são seguros e eficazes, mas, por serem definitivos, possuem critérios para serem realizados, como sessões de planejamento familiar e consultas com um grupo multidisciplinar de profissionais.
As unidades de saúde também disponibilizam a pílula de emergência, popularmente conhecida como pílula do dia seguinte, que é um método contraceptivo emergencial usado por mulheres para evitar a gravidez indesejada ou inesperada após a relação sexual desprotegida. As pílulas emergenciais devem ser tomadas no máximo até 72 horas após a prática sexual sem proteção, e seu uso frequente não é recomendado, uma vez que contêm alto teor de compostos hormonais, tais como etinil-estradiol e levonorgestrel, podendo provocar efeitos colaterais como náusea, dor de cabeça, sensibilidade mamária e cólica abdominal.
A melhor maneira de escolher o método contraceptivo é através do planejamento familiar. Todas as UBSs possuem grupos de planejamento nos quais, além de orientações sobre contracepção, também são abordados temas relacionados à sexualidade, direitos sexuais e reprodutivos. A população pode encontrar a unidade mais próxima por meio da plataforma Busca Saúde: buscasaude.prefeitura.sp.gov.br
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