Por Cesar Romão
Muitas coisas que nos acontecem na vida e muitas que temos conhecimento que estão sendo preparadas por pessoas que não merecem nossa confiança, nos afloram emoções de contestação e às vezes terminamos por tomar iniciativas ou decisões que poderiam esperar um pouco mais para que o destino tenha seu curso.
Quando Jesus lavou os pés dos discípulos embora por eles fosse chamado de Mestre e Senhor, ele estava sendo ali o que queria que seus discípulos fossem no futuro. Mesmo sabendo que um deles teria um comportamento questionável, mesmo a este não excitou em lavar-lhe os pés. Mesmo diante do questionamento de Pedro sobre sua atitude, o fez compreender a importância de permitir que isto fosse concluído e Pedro mostrando compreensão pede também que lhe seja lavado as mãos e cabeça.
Não podemos permitir que a maldade das pessoas nos torne maus, não devemos permitir que nossa indignação por não aceitarmos determinados comportamentos nos torne indiferentes a tudo e a todos. Nada nem ninguém têm este poder, apenas nós mesmos. Naquele momento Jesus sabia que Pedro o “negaria” e que Judas o “trairia”, mas mesmo assim deu seguimento a sua cerimônia de lavar os pés de todos os discípulos.
Manter nossa bondade diante da maldade talvez seja uma das chaves que iremos precisar no futuro para abrir nossa porta da esperança. Ninguém perde nada por ser bom, mas perde muito por perder a bondade diante de coisas ruins. Não faltarão pessoas ou fatos no mundo para causar-lhe indignação, mas não deve faltar em seu coração bondade para compreender e não se contaminar com tudo isto. A escuridão deixa de existir quando a luz chega e não há escuridão que resista a luz. Seja no mundo a mudança que você deseja ver nele. Quem tem a luz como ponto de direção não sai da rota.
Cesar Romão é palestrante e escritor de best-sellers.
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