Por Rede D'Or
A herpes zoster é uma doença viral que, geralmente, infecta o indivíduo na infância, causando o quadro de varicela (catapora). O vírus passa por uma fase de disseminação hematológica até atingir a pele e, após, caminha pelos nervos periféricos até atingir os gânglios nervosos, onde pode permanecer em latência por toda a vida.
Situações diversas, como em pacientes portadores de doenças como AIDS, leucemia, doença de Hodgkin e outras, podem ocasionar uma reativação do vírus, fazendo-o se movimentar pelo nervo periférico até atingir a pele, causando as erupções características dessa doença, explicam especialistas da Rede D’Or.
Doentes em tratamento com imunossupressores, como uso prolongado de corticoides, por exemplo, e pessoas que tiveram contato com infectados com varicela, ou até mesmo com outro doente de zoster, podem desenvolver a doença.
A herpes zoster pode deixar complicações mesmo depois da resolução da fase de infecção aguda. Isso acontece porque durante o processo inflamatório da infecção pelo vírus, o paciente pode ter uma lesão definitiva do nervo ou da raiz, denominada neuralgia pós-herpética.
Os sintomas são, geralmente, dores nevrálgicas que antecedem as lesões cutâneas e o tratamento deve ser iniciado o mais precoce possível, com medicamentos antivirais e analgésicos. Quanto mais cedo for a intervenção médica, menores as chances de complicações e de neuralgia pós-herpética.
Outras sequelas que a herpes zoster pode causar são:
Comprometimento do nervo trigêmeo, particularmente do ramo oftálmico, podendo danificar a córnea;
Acometimento do nervo facial (Paralisia de Bell), levando à distorção do rosto;
Comprometimento do nervo geniculado, devido às lesões no nervo facial e auditivo, podendo ocorrer zumbidos, vertigem e distúrbio de audição.
O diagnóstico da doença se dá através de exame clínico e histórico do paciente. Antes de surgirem as feridas, o indivíduo pode sentir uma sensação estranha, como um toque desagradável da pele, chamado de anodinia.
Importante salientar que existe vacina contra a herpes zoster, aprovada pela ANVISA e indicada principalmente aos pacientes com mais de 50 anos, fase de maior risco de infecção. A vacinação também ajuda a diminuir a dor aguda e crônica, contudo, não é eficaz sobre herpes tipo 1 (oral) e herpes tipo 2 (genital), somente sobre a tipo 3 (zoster).
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