Por Pe. Ezequiel Dal Pozzo
O que se ganha fazendo o bem? O que eu ganho fazendo o bem? O honesto é sempre o bobo? Quem é honesto cuida da sua própria honra e da honra dos seus concidadãos. O desonesto despreza, em última análise, a si mesmo, e isso não lhe faz bem. Desonestidade para com os outros cria em mim discórdia. Quem mente para os outros mente para si mesmo. E quem engana os outros se prejudica. Quem engana, a ele aparecem quimeras, fantasmas interiores, não consegue sossego com facilidade. De noite, manifestam-se os fantasmas e aparecem as consequências de seu engano. Muitas vezes, não tenho vantagem quando faço o bem, pelo contrário, às vezes até perco vantagens momentâneas. Talvez eu não consiga o emprego que desejo, ou seja, sou mal visto pessoalmente quando digo a verdade, quando admito que esqueci alguma coisa; sou alvo de críticas. Mas com o tempo isso me fortalecerá. Quem admite um erro, ao invés de empurrar sempre para cima dos outros, vai conquistar amigos a longo prazo. Os vizinhos e amigos sabem que se pode confiar naquela pessoa. Ela não vai iludir ou decepcionar os outros. Faz o que está ao seu alcance e quando chega ao seu limite, fica firme.
Mas o mais importante é que essa pessoa honrada e que faz o bem sente-se bem melhor. Naturalmente, nessa sua atitude não deve elevar-se sobre as demais pessoas. Mas quando fica firme em suas questões de honestidade aumenta sua postura pessoal. Assim se vive bem melhor do que curvando-se sempre para causar boa impressão externa. Não faço bem para ser visto de admirado pelos outros, mas porque desejo o bem e desejo ajudar alguém.
Há pessoas que não sentem o mínimo remorso, mesmo quando são desonestas. Mas elas se prejudicam a si próprias com o tempo. Pois algum dia vão depender de outras pessoas e essas não lhe darão créditos quando descobrirem sua desonestidade. E a pessoa desonesta vai isolar-se a si mesma. Até empresas já sentiram isso. Podem comprar momentaneamente alguma vantagem praticando suborno ou fazendo falcatruas, mas com o tempo vão colocar-se a descoberto diante do público e vão ter dificuldades de conseguir encomendar honestas e realizar negócios decentes. Não é à toa que diz o ditado: a mentira tem pernas curtas. Ela não conduz a vida a logo prazo. Por isso, caro leitor, sejamos bons, sejamos honestos, porque a desonestidade é um engano que eu faço a mim mesmo. Pense nisso.
Padre Ezequiel Dal Pozzo é graduado em Filosofia e Teologia e mestre em Teologia Sistemática e acredita que a música tem poder de formar o espírito. Por meio de suas músicas e textos, busca ajudar as pessoas a encontrarem o verdadeiro sentido da vida. (contato@padreezequiel.com.br)
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