Por Paulo Panayotis
Camelinhos e estranhas catedrais de mármore: é o fim do mundo!
Puerto Bertrand – Aysén / Pagagonia Chilena. Após um café da manhã com produtos locais no Parador Loberías Del Sur, em Puerto Bertrand, parto para mais um dia de aventuras por esta região que me encanta: o norte da Patagônia Chilena.
A bordo de uma pick-up 4x4, um desfile inusitado de paisagens se apresenta curva após curva pela estrada de pedras: geleiras imensas, rios caudalosos, pássaros multicoloridos, animais exóticos, bicicletas. Bicicletas? Sim, bicicletas! Inacreditavelmente, bikers do mundo inteiro vem para a Patagônia Chilena para percorrer, pasmem, 1.200 quilômetros de bicicleta! E boa parte deste percurso, em estradas de pedras e terra!
“Viemos para cá porque é um grande desafio e porque é seguro”, afirma Kaydi Stevenson, canadense de Toronto que, junto com a amiga Natali Chloé, estão a caminho do rio Baker, em Puerto Beltran. “São centenas de quilômetros e muito esforço, mas é justamente isso que nos motiva”, completa Natali. E eu pensava que era louco, murmuro comigo mesmo, voltando para minha 4x4! Liberdade, segurança, muito a ver e muito mais a fazer! Apresso meu passo sem ter pressa alguma! Desfruto o céu, dos rios, da natureza, da paz. Aliás esta é uma das delícias desta região: muita coisa para fazer e quase ninguém por perto! A exceção é o passeio para as Capelas de Mármore, declaradas santuário da natureza no Chile!
Capelas de Mármore Incrustradas em uma parte escondida do maior lago do país, o General Carrera, estas idiossincrasias da natureza são destino certo para dez entre dez turistas. São cerca de dez minutos de bote rápido de Puerto Rio Tranquilo e lá estão elas: as Capelas de Mármore são formações de minerais de carbonato de cálcio que, ao longo de milênios, foram sendo erodidas pelas águas violentamente azuis do lago. Dezenas, talvez centenas de turistas vão e voltam o tempo todo em pequenas e velozes lanchas. Vale a pena esperar sua vez! Com imaginação, muitas lembram esculturas de elefantes, cachorros e outros animais. Um passeio de pura emoção!
Parque Nacional Patagônia. Douglas Tompkins e sua mulher Cristine Mc Divitt, norte-americanos, se apaixonaram pela Patagônia em 2004. Compraram milhares de hectares, os transformaram em reserva nacional e doaram tudo ao governo. É um dos poucos locais da região onde se pode ver bem de perto famílias de guanácos, simpáticos primos menores dos camelos, pastando livremente. Recomendadíssimo.
Geleira Calluqueo. Ao final de uma estrada vicinal de 50 quilômetros de chão batido e pedras, ao sudoeste do povoado de Cochrane, encontro o que para mim é um dos mais belos glaciares, ou geleiras, da região. Uma paisagem de sonhos a uma temperatura de cinco graus centígrados em pleno verão no hemisfério sul! Uma paleta de Deus em um dia em que ele, Deus, estava inspirado! Vá! Rápido!
Parque Aikén Del Sur. Ah, aquele cordeiro patagônico dourando serenamente na brasa. Aroma e sabor únicos! Com vontade de quero mais, termino minha semana pela Patagônia ao som de música e sabores austrais! A poucos quilômetros do Parador Loberías Del Sur, onde estou hospedado, meu último contato com o vigor patagônico, é um passeio em meio a natureza, com cascatas, fauna e flora típicas! “Adorei tudo, afirma Suzana Schuller, turista gaúcha que está visitando a região pela primeira vez.
“Sossego, luxo, natureza, boa comida e originalidade me fizeram escolher este destino único”, completa ela saboreando um belo naco de cordeiro na brasa. Sentiu o sabor? Então, “tchico”, está esperando o quê?
Fotos: Paulo Panayotis
Jornalista se hospedou e fez os passeios a convite do hotel Loberías Del Sur com chip A Casa do Chip e seguro de viagem Universal Assistance.
Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de Tv, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis e Universal Assistance (ppanayotis@oquevipelomundo.com.br)
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