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Temporário, um jardim gratuito encanta alunos e turistas em Brasília

Por Paulo Panayotis


Instituto Central de Ciëncias/Universidade de Brasília (UNB)- DF. Quando ouvi pela primeira vez o nome `Jardim de Sequeiro` fiquei intrigado. Adoro flores e a simples menção de um `jardim seco´ aguçou minha curiosidade. E não é que o nome corresponde exatamente ao que é? Um jardim que somente floresce no inverno, após uma longa seca! Além disso, não precisa ser irrigado. O jardineiro `mor`, ou seja, a natureza, se encarrega da água chuva!


Jardim de Sequeiro. Ao fundo, Centro Acadêmico de Ciências Ambientas da UNB
Jardim de Sequeiro. Ao fundo, Centro Acadêmico de Ciências Ambientas da UNB

Ele floresce uma vez por ano, e agora é a época! Plantas tropicas e flores do cerrado autóctones (únicas), encantam a cada ano os alunos que frequentam o Cämpus Darcy Ribeiro, na capital da República. Resumindo, são plantas, flores e gramíneas nativas do Cerrado Brasileiro que, durante o período chuvoso do centro-oeste, nordeste e norte do país, emprestam cores e vida ao Instituto Central de Ciências na Universidade de Brasília.


São cerca de seis gramíneas e 12 tipos de flores encantadoramente lindas. Instaladas no vão central dos prédios de concreto tombados pelo patrimônio histórico, não há como não perceber a intensa vida que circula diariamente por ali. Além dos alunos, um zunido constante das diversas espécies de abelhas completa esta palheta colorida típica desta região brasileira.


Cor e vida em um ciclo curto, mas perene
Cor e vida em um ciclo curto, mas perene

O Coordenador do Projeto, Julio Pastore, diz que a iniciativa surgiu da necessidade de encontrar uma forma de criar um paisagismo constante, que durasse o ano inteiro e com baixo custo. Nada mais natural que flores do cerrado, ora! A beleza deste jardim, para mim, é seu caráter totalmente temporário. Durante alguns meses por ano, no período chuvoso (que corresponde ao inverno desta região brasileira) ele nasce, cresce e morre. Mas deixa saudades.


Estudante aproveita o jardim agreste, selvagem e lindo, no intervalo das aulas
Estudante aproveita o jardim agreste, selvagem e lindo, no intervalo das aulas
Belas, selvagens e tipicamente brasileiras
Belas, selvagens e tipicamente brasileiras

Ou seja, ele vive e pode ser apreciado de janeiro a junho. São flores de ciclo curto tradicionais e típicas, semeadas de forma aleatória, criando assim uma estética completamente diferente a cada ano. Um jardim selvagemente lindo! O projeto começou em 2020. Por causa do Covid 19, a Universidade estava fechada, mas muitos profissionais tinham que ir lá para realizar a manutenção mínima. Os primeiros resultados, já em 2021, foram tão promissores que o projeto se renova a cada ano. Bom para os estudantes, melhor ainda para os turistas. O jardim pode ser visitado sem custo algum durante o período em que ele sobrevive.


Nesta época do ano, a partir de fevereiro, tudo é uma explosão de cor e vida. Se estiver por Brasília e curtir flores e natureza, não deixe de visitar. Vai alegrar sua vida além de você conhecer algo diferente e extremamente brasileiro, pois as flores deste bioma são únicas. Ah, e mais uma última dica. Se for pela manhã, aproveite e almoce no RU, o restaurante universitário da UNB. Além da comida ser boa, farta e muito barata ( R$ 15,00), você relembra aquele bom tempo dos bandejões da faculdade... Boa visita e bom apetit.

Serviço: Endereço - Instituo Central de Ciências da Universidade de Brasília( UNB)

Horário – das sete da manhã até 22 horas de segunda a sabado. Grátis.


Jornalista Paulo Panayotis no Jardim de sequeiro
Jornalista Paulo Panayotis no Jardim de sequeiro



Paulo Panayotis é jornalista profissional, ex-correspondente internacional de TV, escritor e viaja com patrocínio e apoio Avis.


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