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Foto do escritorPaulo Panayotis

Um Ano Novo à moda chinesa!

Por Paulo Panayotis


Ah, que saudades dos bons tempos pré-pandemia né? Então, para matar um pouco a saudade, um belíssimo Ano Novo para você e vamos sonhar com a China?


Beijing, China. É noite de Ano Novo. Antes de sair do quarto do hotel, tomo uma boa taça de champanhe. “Bem, vou descer e confraternizar”, penso. Estou em Beijing, ou Pequim, para os puristas. O relógio marca quase meia noite. Neva muito lá fora. Quando a porta do elevador abre me preparo para encontrar gente comemorando, luzinhas coloridas, pessoas brindando.


A primeira coisa que vejo é um funcionário varrendo o enorme saguão. Saguão que, aliás, está na semiescuridão. Espanto. Surpresa. E aí cai a ficha. “Claro! Aqui não tem comemoração tradicional de Ano Novo”. Quer dizer, pelo menos não no mesmo período que é festejado no Ocidente. Afinal, estou na China! A decepção nunca me desanimou! Tanto que novamente, após cinco anos, fui passar o final de ano no país mais populoso do mundo.

Pavilhão brasileiro na Expo Xangai em 2010, mais de dois milhões e meio de visitantes

Há 12 anos, Xangai sediou a maior e mais movimentada exposição universal da história. Nada menos que 73 milhões de pessoas de 190 países visitaram os 5,28 quilômetros quadrados construídos especificamente para isso. Pura exibição de musculatura econômica em tempos pré-pandêmicos! Mais: ofereceu uma zona específica de melhores práticas de urbanismo sustentável. E, pela primeira vez na história, abriu espaço para a presença de cidades e não apenas países. São Paulo e Porto Alegre estavam lá. Foram as únicas cidades brasileiras participantes. Na ala de países, só o pavilhão do Brasil foi visitado por mais de dois milhões e meio de pessoas durante os seis meses de feira.De acordo com a Bloomberg, a expo Xangai gerou, somente com turismo, mais de 80 bilhões de yuans, cerca de 13 bilhões de dólares para o país. Cidades próximas foram beneficiadas diretamente. O país, como um todo, beneficiado indiretamente.


Forbidden City, ou a Cidade Proibida em Beijing, China

De acordo com a Bloomberg, a expo Xangai gerou, somente com turismo, mais de 80 bilhões de yuans, cerca de 13 bilhões de dólares para o país. Cidades próximas foram beneficiadas diretamente. O país, como um todo, beneficiado indiretamente.

Ponte entre Hong Kong e Macau, China

Expo: valeu a pena? Valeu e muito! Embarquei novamente para a China. Entre as metrópoles incluídas no roteiro: Xangai e Hong Kong. Duas potências chinesas que não param de se reinventar. Constatei que a imensa e cara área construída especialmente para a expo em 2010, foi plenamente aproveitada. Foi e continua sendo. Exemplo de pujança de um povo que não brinca em serviço, ou melhor, quando brinca, também está falando sério. Foi assim que, indo para Macau a bordo de um ferry boat ultrarrápido, olhei para fora, meio sonolento, e tive a impressão de estar sonhando: vi carros a cem quilômetros por hora deslizando em meio a neblina! E não é que, desde a minha última visita a Hong Kong, os danados dos chineses fizeram uma ponte ligando as duas cidades em pleno mar! E não é apenas uma ponte sobre o mar, mas a maior do mundo sobre o mar! Com oito pistas (quatro para ir e quatro para voltar) e 55 quilômetros de extensão, equivale a quase quatro pontes Rio-Niterói, que tem 13km! E depois dizem que os EUA são a maior potência do mundo! Pense nisso e Jiéri Kuáilé, ou boas festas, né?

Jornalista Paulo Panayotis e a Grande muralha da China, próximo a Beijing

Fotos: Paulo Panayotis & Adriana Reis.


Paulo Panayotis é jornalista especialista em turismo, mergulhador e fundador do Portal OQVPM - O Que Vi Pelo Mundo. Mora na Europa, tem passaporte carimbado em mais de 50 países e viaja com patrocínio e apoio Avis, Travel Ace e Alitalia. O jornalista se hospedou a convite do grupo Maisons & Hotels Sibuet representado no Brasil pela AD Comunicação

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